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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Comunicação Digital nas Eleições de 2018

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  Introdução O meio é ou faz parte da mensagem? Nos anos 1960 um sociólogo canadense, Marshall McLuhan, foi muito discutido nos meios acadêmicos, e fora dele também, em função de sua tese de que “O Meio é a Mensagem”. Nos tempos das contestações da contracultura e dos avanços significativos da tecnologia, essa discussão ganhou o mundo. O que se viu em seguida foi uma desmistificação dessa tese, que ficou restrita aos Estados Unidos, em função da visão da dominação pela tecnologia da sua sociedade. Principalmente com a descoberta de que a produção de McLuhan foi impulsionada por empresas de marketing. De uma forma geral o que sobrou dessa discussão é que de fato o meio não é a mensagem. O meio em si é um mecanismo de transporte que não agrega nenhum sentido ou significado à mensagem que transporta.   Por mais que a mensagem tenha que ser sempre construída de maneira apropriada ao meio que a transportará. A chegada dos portugueses ao Brasil no século XVI foi comunicada ao ...

Fernando Haddad e a Folha: um casamento que não deu certo?

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  Fernando Haddad iniciou sua colaboração com a Folha de São Paulo em 4 de maio de 2019, já no governo de Bozo. Semanalmente a partir de então escreveu uma coluna para o jornal. A última foi publicada em 8 de janeiro de 2021, ainda no governo de Bozo. Foram 20 meses de colaboração. Na sua primeira coluna ele falava: “ A democracia exige oposição. O que é saudável e necessita ser visto até pelos apoiadores do governo como um direito legítimo de contar com forças sociais que ampliam o repertório para testar convicções, a depender da qualidade dos argumentos. Uma das contribuições que posso dar, nesse sentido, é tentar mostrar as conexões das partes com o todo e explorar alternativas.” Em maio de 2019, cinco meses após a posse, já havia sinais de desconfiança do jornal com Bozo. Na sua última coluna ele disse: “ Quando fui convidado para ser colunista da Folha, relutei em aceitar. Na época, me incomodava o posicionamento do jornal no segundo turno das eleições de 2018. P...

O Twitter, Facebook e a censura

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  As medidas tomadas contra Donald Trump pelo Twitter e pelo Facebook, traz à tona a discussão sobre a liberdade de expressão nas redes sociais e na internet e o poder das grandes empresas do setor. Quase todas com sede nos EUA. Apesar de ter sido muito aplaudida por muitos mundo à fora, inclusive na esquerda brasileira, a decisão não deixa de ser polêmica. Essas empresas podem agir de forma a silenciar em suas redes personagens indesejáveis? A resposta é complexa e esse tema não pode ser abordado de forma simplista. Uma séria questão inicial: se o Twitter pode banir da sua rede Donald Trump, o presidente da maior potência mundial, pode banir qualquer um sem pedir autorização a ninguém. E esse banimento é mundial. Apesar do “crime” cometido por ele ter sido nos EUA, a decisão afeta o mundo. No Brasil ele não cometeu crime algum. As mensagens dele não causaram nenhum tipo de dano por aqui. Mas seus seguidores brasileiros não poderão mais se comunicar com ele por essas ferramenta...